No momento em que escrevo, estou num hotel no centro de Curitiba – PR. Viajei sozinho de ônibus (2h30min) e depois de avião (1h10min) para chegar até aqui, vindo do Rio de Janeiro.
Aproximadamente 6 horas de espera, estrada e céu. Eu preciso registrar que fico aliviado sempre que consigo fazer caber na mochila tudo que preciso. Não gosto de despachar bagagem e não lembro quando foi a última vez que fiz isso.
Durante a primeira madrugada eu não conseguia dormir. Peguei o livro “O Poder do Hábito” que estou lendo (2ª vez) e quase terminei esperando o sono chegar.
Entre uma pausa e outra, refletindo sobre como o fim da segregação racial chegou em 1964 através de vários hábitos de uma comunidade em Montgomery, pensei muito sobre a força de um propósito e o que ele é capaz de fazer.
Naquela ocasião, pessoas foram humilhadas, presas, espancadas, assassinadas, mas nada deteve aquele movimento. Não foi um ato de um indivíduo, mas de uma comunidade. Uma corrente inquebrável de pessoas agindo pelo direito de liberdade.
No caso de quem está disposto a ficar rico, normalmente, o processo é solitário e não conta com a participação de uma comunidade.
Na realidade, você precisa “lutar” contra o sistema para conseguir sair da Matrix. Isso significa:
- Entender que fazer o que você quer não tem a ver com fazer o que você gosta.
- Mudar a mentalidade de empregado, CLT.
- Não aceitar uma vida medíocre.
- Entender que a melhor forma de aposentadoria não é o INSS.
- Que o “sextou” não precisa ser na sexta e que o final de semana não é especial só porque você não é obrigado a trabalhar.
- Entender que, na maioria da vezes, são amigos e parentes (sem má intenção) que irão impedir que você alcance seus objetivos.
- Perceber que trabalhar duro sem ter um plano bem pensado é uma das maiores armadilhas para ser acomodado.
- Reconhecer que trabalhar por trabalhar não vai te deixar rico, no máximo pagar suas contas.
Eu vou chutar e acredito estar muito próximo da realidade:
- 99% das pessoas têm sonhos para realizar.
- 10% delas calculam o que é preciso fazer e, principalmente, deixar de fazer para alcançá-los.
- 1% consegue passar da fase do “colocar no papel”, ou seja, executar o plano.
O significado de ficar rico varia de pessoa para pessoa. Para mim, enriquecer não tem relação direta com uma conta bancária cheia de dinheiro. A grana jorrando é consequência de vários hábitos executados ao longo do tempo.
Eu gosto muito da frase que diz: “Era uma vez uma pessoa tão pobre que só tinha dinheiro”. Acredite, a menos que você realmente não se importe, esse bordão fará muito sentido caso alcance seus objetivos tratando gente como objeto.
São inúmeros os fatores que levam a maioria a falhar no objetivo de ficar rico. O principal motivador, na minha opinião, são propósitos fracos. Dos tipos frágeis que fazem a pessoas desistir no primeiro sinal de problema.
Um exemplo de propósito forte é o de uma mãe ou pai que tem sob sua responsabilidade a criação de um filho. Apesar de todas as dificuldades, eles movem montanhas para ver sua descendência bem. A força de propósito é gigante e difícil de ser derrubada.
Há vários setores da nossa vida que precisamos ser ricos. No caso do financeiro, para não desistir facilmente é preciso se perguntar qual o verdadeiro motivo que não o deixará falhar, mesmo que o corpo peça ou que outros desacreditem.
De tudo que escrevi há 3 informações importantíssimas para resumir o que eu quero dizer.
- #1 – Pense nos “porquês” antes de começar a trabalhar como um burro cego.
- #2 – O dinheiro não é o objetivo final, mas apenas uma de várias formas de recompensa.
- #3 – Tenha um propósito muito forte porque a vontade de falhar virá frequentemente.
Com sinceridade profunda, desejo que você possa, antes de executar um plano para ficar rico, ter um motivo equiparado a uma fortaleza, ter uma ideia lucrativa, mas que seja sustentável, mantendo o dinheiro como seu escravo e as pessoas como suas aliadas.
Até a próxima.
